quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

É Papai. II


Sinto-me quentinha e aconchegante. Tão aconchegante quanto um suéter de lã feito à mão. Obrigada por me abraçar novamente, Papai.
 Que cheiro bom tem Você. Sinto a natureza. O meu cheiro preferido. O cheiro das arvores, o cheiro das gotas de chuva caindo no chão quente. E eu sei que é Você presente em tudo isso. Você é toda coisa simples que há no mundo. Cada qual com a sua perfeição. Você é milagre. Eu gosto especialmente de Você, Papai. Sei que gosta especialmente de mim também.

O equilibrio da loucura.


Você algum dia já foi a minha sanidade. Alguma vez, pelo menos. Agora que tudo se foi, está mais fácil de controlar. Na verdade, está mais prazeroso. E não mais aquele receio de que só com você eu tenho a sanidade em si. Mas que coisa louca. Agora está tudo melhor. Agora posso ter a sã e a insanidade a hora que quiser. E não mais só quando estiver com você. Sentimento de medo e realização ao mesmo tempo. Que prazer conhecer vocês. Loucura e sanidade juntas! Vocês têm gosto agridoce.